quarta-feira, 28 de março de 2012
Sabe-se atualmente não apenas que a cidade de Tróia de fato existiu mas que era constituída de várias cidades sobrepostas. No final do século XIX, o arqueólogo Schliemann e seu ajudante Dörpfeld, realizando escavações na colina de Hissarlik, localizada na atual Turquia, descobriu que existiu de fato não somente uma, mas nove Tróias. Cada vez que uma Tróia era destruída, seja por causa natural como terremoto ou por motivos outros, incêndio por exemplo, outra cidade homônima era erigida sobre seus escombros. As sete primeiras eram protegidas por sólidas muralhas e existiram entre 3.000 a.C. e 1.100 a.C., e as duas últimas entre 700 a.C. ao século IV d.C.. Mas não é só isso.
Sabe-se também que de fato, houve uma guerra na qual os gregos lograram destruir Ílion, outro nome de Tróia. Com base em exaustivos estudos que analisaram o tipo de construção utilizado, os restos de crânios e as ossadas encontradas, chegou-se á conclusão de que Tróia VII era sem dúvida a mesma Tróia que serviu de palco para a Ilíada de Homero.
Os motivos da guerra histórica parecem estar relacionados a sua privilegiada localização geográfica, e por conseguinte à questões político-econômicas. A guerra mítica, porém, teve suas sementes lançadas quando Éris lançou a maça de ouro entre às vaidosas Hera , Atená e Afrodite . Ninguém ousava decidir a quem pertencia pois como estava destinado “À mais bela”, temia-se um choque de vaidades pois obviamente, duas seriam preteridas. Páris , eleito por Zeus como juiz da questão, seduzido pela promessa de obter a bela Helena, deu a vitória a Afrodite. O jovem e ousado tebano rumou para Esparta e encantou com sua beleza e juventude a formosa esposa do rei Menelau, e juntamente com um tesouro recolhido às pressas, a levou consigo para Tebas.
O rei espartano mandou chamar seu irmão Agamemnon , rei de Micenas, e o elegeu comandante supremo da armada grega, o qual imediatamente evocou um antigo acordo realizado no passado entre a quase centena de jovens que queriam casar-se com filha de seu irmão. Este, na época, temendo que os pretendentes de Helena iniciassem uma guerra entre si, aceitou o conselho do herói Ulisses. Segundo este, formulou um pacto entre os candidatos onde cada um deles aceitaria a decisão da noiva, visto que seria ela quem escolheria seu futuro marido. Além disso, se algum dia esse eleito sofresse qualquer tipo de ameaça ou ataque, os demais viriam em seu auxílio, prestando-lhe incondicional ajuda. Reuniram-se grandes nomes, reis e heróis no porto de Áulis na Beócia, mas devido a alguns incidentes, como por exemplo a calmaria enviada por Ártemis como castigo a Agamemnon e que resultou no sacrifício de Ifigênia, a armada ainda tardou alguns anos em zarpar.
Quando enfim a guerra começou, os gregos já sabiam por intermédio de Calcas, o adivinho, que seriam dez anos de muita luta e sangue derramado. A favor dos aqueus, denominação dada por Homero aos gregos que lutaram em Tróia, as duas deusa preteridas por Páris, Hera e Atená, que viram nas circunstâncias uma excelente ocasião para vingar-se, além do apoio de Hefesto e Posídon . Do lado troiano, Afrodite, defensora de Páris, Apolo , Ares e Ártemis.
A guerra atingiu seu ponto culminante decorridos nove anos de seu início quando ocorreu o célebre desentendimento entre Agamemnon e Aquiles. Cada um deles tinha capturado para si uma escrava de guerra, Criseide e Briseis, respectivamente. O pai da primeira, um sacerdote de Apolo chamado Criuses, reivindicou a filha mas o rei de Micenas se negou a devolvê-la. Apolo atendendo o pedido de seu sacerdote, enviou uma terrível peste ao acampamento dos gregos e Calcas aconselhou que a escrava fosse devolvida porque somente desta maneira, poderia tal flagelo terminar. Agamemnon então concordou em devolver Criseide mas tomou para si Brises. Aquiles , ferido em sua honra, ao ser-lhe tomada sua escrava favorita, retirou-se da guerra.
Tal fato acarretou muitas derrotas para os gregos, porque conforme já havia predito Calcas, Tróia não poderia ser tomada sem a presença do herói filho de Tétis. Embora Agamemnon, ouvindo os conselhos do sábio Nestor, lhe houvesse enviado de volta a escrava juntamente com muitos presentes, Aquiles permaneceu inflexível em sua decisão de não mais retornar à peleja. Tampouco deu ouvidos à Ájax e Ulisses, enviados como embaixadores para tentar a reconciliação. Mas um acontecimento veio alterar sua decisão já que Pátroclo, seu grande amigo e companheiro, aflito com a derrota que os aqueus vinham sofrendo, pediu ao amigo que lhe emprestasse suas armas.
Com a armadura e o capacete do amigo, enganou a todos, pois pensavam tratar-se de Aquiles que retornava ao combate. A vitória começou a sorrir novamente aos gregos, pois sob o disfarce do amigo, Pátroclo matou numerosos adversários até lque Apolo, que colocava seus préstimos aos troianos, deu fim ao engodo. Com a ajuda de Apolo, que fez rolar seu capacete Heitor, filho de Príamo, matou o herói quando este tentava atingir seu cocheiro. A morte do inseparável amigo provocou em Aquiles uma dor terrível e um desejo de vingança irrefreável, fazendo com que passando por cima dos ultrajes sofridos retornasse à batalha decidido a matar o assassino de Pátroclo. Heitor não era apenas um herói. Embora fosse filho do rei, era ele quem detinha o poder, e se não de direito, governava Tróia de fato. Era muito amado pelo povo que o honrava e respeitava quase como se venera a um deus. Aquiles, após uma longa luta, trespassou com a lança a garganta do inimigo e arrastou Heitor amarrado a seu carro dando voltas à cidade.
Príamo querendo dar asa honras fúnebres devidas ao filho implorou aos adversários que lhe devolvessem os despojos do príncipe, abandonado em campo grego. Aquiles apiedou-se do rei e resolveu atender-lhe o pedido e assim, Heitor foi sepultado com todas as honras que tinha direito.
Muito sangue já havia sido derramado, Aquiles já havia terminado sua vida de glórias e Páris, embora causadora da guerra, um guerreiro medíocre também já havia descido aos Infernos. Nove anos já durava a guerra quando Calcas declarou que somente Heleno, adivinho tebano e filho de Príamo poderia revelar com exatidão o desfecho de tão sangrenta batalha. O príncipe foi capturado e aprisionado pelos gregos, acabando por revelar-lhes sob quais condições se sairiam os aqueus vencedores. Eram elas em número de três. Na primeira seria necessário trazer para a guerra Filoctetes por causa de suas flechas, herança de Héracles .
Na segunda, os gregos deveriam obter a participação de Neoptólemo, filho de Aquiles com a filha de Licomedes e por fim, a terceira, os aqueus teriam que tomar o Paládio, pequena estátua de madeira, representando Atená e que garantia a integridade da cidade que a possuísse. Todas as exigências foram cumpridas e ao realizar a terceira delas, Ulisses, tomado de grande inspiração,enviada por Atená começou a traçar o esboço daquilo que poria fim definitivamente à Tróia e consequentemente à guerra: o Cavalo de Tróia. Talhado em madeira das melhores árvores, era uma gigantesca construção oca, em cujo interior cabiam numerosos soldados, foi deixado junto às muralhas da cidade, juntamente com Sínon, guerreiro aqueu, que declarando-se um desertor, persuadiu os adversários a receber o cavalo recheado dos mais valentes guerreiros estes liderados por Ulisses.
Cassandra e o sacerdote Laocoonte tentaram inutilmente fazer seus compatriotas não acreditar em suas palavras e impedir que o cavalo adentrasse em hipótese nenhuma os muros da cidade, mas não foram ouvidos. Na praia, enquanto isso, o restante dos soldados esperavam o momento certo para atacar dentro de suas embarcações. Chegada a noite, os gregos, saindo do interior do cavalo deram início à batalha final. Através de um sinal, avisaram aos exércitos gregos situados nas naus e saquearam e incendiaram Tróia.
Muitos reis e heróis de renome lutaram na guerra contra Tróia como Agamemnon, Aquiles, Odisseu , Pátroclo e Menelau, mas muitos outros também contribuíram de forma significativa para a vitória dos aqueus sobre os troianos. Telamão, rei da Salamina era companheiro de Héracles e a seu lado remava na embarcação Argo em cuja expedição celebrizou-se como um dos mais valentes Argonautas . Entretanto, devido à sua avançada idade, não pode partir para Tróia e por isso enviou seus dois filhos, Ájax, filho de sua união com Peribéia, princesa de Mégara e Teucro, nascido de Hesíone, filha do rei troiano Laomedonte e irmã de Príamo. Ájax foi depois de Aquiles, o mais valente dos gregos e depois de sua morte disputou com Odisseu suas armas.
Como perdesse a competição, foi tomado por um acesso de loucura, massacrando todos os rebanhos do acampamento, pensando estar diante do inimigo. Quando voltou a si deste delírio, envergonhado, cravou a espada em seu próprio peito matando-se. Teucro, seu irmão, era considerado o melhor dos arqueiros, foi um dos soldados que se ocultou dentro do cavalo de Tróia. Por não ter impedido seu irmão de matar-se, seu pai, foi expulso de negligência por seu pai que o expulsou posteriormente do país.
Um segundo Ájax, filho de Oileu, rei dos locros, um dos povos que primitivamente habitavam a Grécia, se sobressaiu na peleja, pois era valente e intrépido, assumindo o comando de quarenta naus durante o cerco de Tróia. Contudo, além de brutal e cruel, era conhecido por seu habitual desrespeito aos deuses. Após a queda de Ílion, violentou Casandra dentro do templo de Atenmá e quando a deusa o castigou fazendo-o naufragar com toda sua esquadra, o herói com toda sua arrogância bradou “Escaparei malgrado dos deuses”. Isto aumento ainda mais a cólera da deusa que deu cabo de sua vida fulminando-o com um raio.
Filoctetes recebeu de Héracles, de quem era fiel companheiro, suas terríveis flechas envenenadas em troca da promessa de jamais revelar a quem quer que fosse o local onde estavam sepultadas as cinzas do herói. Contudo, por não ter cumprido seu juramento, foi castigado ao partir para a guerra de Tróia, foi picado por uma serpente ou segundo outra versão uma das flechas lhe caiu sobre o mesmo pé com o qual mostrara o local da sepultura de Héracles, formando-se uma ferida aparentemente incurável. Esta produzia um cheiro tão insuportável que Odisseu e seus companheiros resolveram abandoná-lo na ilha de Lemnos, onde ficou isolado por dez anos. Mas, depois da morte de Aquiles, Ulisses, Diomedes e Neoptólemo voltaram a Lemnos para reconduzí-lo a Tróia porque, conforme a previsão de Heleno sem a presença de Fiolotectes e das armas Tróia não seria tomada.
Diomedes era neto de Eneu, rei do Calidão, distinguiu-se sobremaneira entre os heróis gregos a ponto de ser considerado como o mais bravo do exército, depois de Aquiles e de Ájax I. Comandou os etólios no cerco de Tróia, participou juntamente com Odisseu da busca a Aquiles e Filotectes, e na captura do Paládio. Muito querido por Atená que o auxiliava e protegia, matou vários guerreiros com as próprias mãos, lutou bravamente contra Heitor e Enéias chegando ao ponto de atacar até mesmo aos deuses Ares e Afrodite, que vinha na defesa de seu filho Enéias.
Também participaram com destaque os aqueus, Nestor, que tentou conciliar as discórdias entre Agamemnon e Aquiles, Idomeneu, rei de Creta que comandou uma frota de oitenta navios e penetrou na cidade dentro do cavalo de madeira, Sínon, quando fingindo-se um desertor grego, persuadiu os troianos a abrirem uma ferida em suas muralhas a fim de introduzirem a gigantesca construção para dentro da cidade, afirmando que de posse do cavalo, um presente dedicado a Atená, os troianos se tornariam vitoriosos. Protesilau, filho do rei da Tessália, partiu para a guerra no dia seguinte a seu casamento, comandando uma frota de quarenta navios. Ao chegar ao terreno inimigo, ninguém se atrevia a desembarcar, temendo o oráculo que havia previsto que o primeiro guerreiro grego que tocasse o solo adversário seria morto.
O herói então se entregou para a salvação do exército, desembarcando do navio. Foi imediatamente abatido por Heitor. Palamedes, filho de Náuplio, quem desmascarou Odisseu que fingindo-se louco, pretendia escapar à convocação para a guerra; Neoptólemo, filho de Aquiles, que matou Eurípilo, Élaso e Astínoo e Príamo; Epeu, a uem se lhe atribui a construção do Cavalo de Tróia.
Do lado adversário, os principais heróis troianos além dos já mencionados foram Enéias, de quem se tratará isoladamente, Sarpedão, filho de Zeus e Laodamia; os adivinhos Heleno e Cassandra; Laocoonte, sacerdote de Apolo, que opôs-se ferozmente ao acolhimento do Cavalo de Tróia; Anquises, mais conhecido na mitologia por sua ligação com Afrodite, da qual nasceu Enéias; Antenor, velho companheiro de Príamo e que foi acusado injustamente de trair os troianos porque recebeu os gregos em sua casa para propor que a posse de Helena fosse resolvida através de diálogo entre Menelau e Páris.
Após a morte de Páris, Helena havia se unido com seu irmão Deífobo, mas mesmo assim Menelau não desistiu de ir em seu encalço. Quando encontrou o casal, primeiro se encarregou de eliminar Deífobo e em seguida, quando se preparava para matar a esposa, esta lhe apareceu seminua o que fez Menelau reconsiderar e resolver reatar seu casamento com Helena. A guerra havia terminado e os dois empreenderam uma viagem de regresso a Esparta que devido aos inúmeros obstáculos encontrados só terminou depois de decorridos oito anos.
A Guerra de Tróia iniciou-se entre 1.500 e 1.200 a.C. quando as Deusas Hera, Afrodite e Atena discutiam quem era a mais bela. Decidiram então fazer um concurso de beleza e chamaram Páris de Tróia para ser o juiz.
Todas o subornaram, dariam coisas enormes em troca de ser a mais bela, mas Afrodite acabou ganhando, por lhe oferecer a mulher mais bonita de todo o mundo. Helena era essa mulher, esposa de Menelau, rei de Esparta.
Afrodite sabia onde Helena estava e levou Páris até lá, onde foi muito bem recebido, pois os laços entre anfitrião e convidados em fortes, tanto que Menelau deixou que Páris ficasse em sua casa partiu para Creta.
Ao voltar Menelau viu que Helena tinha desaparecido e pediu a toda Grécia para procurarem sua mulher, após o exército formado, partiram em mil navios que desembarcam na praia perto a Tróia e iniciam um cerco que durariam 10 anos e custaria a vida de muitos.
Após muitas batalhas, em uma manhã, os Troianos viram que todos invasores tinham desaparecido, quando foram à porta se depararam com um enorme cavalo de madeira chamado de “Cavalo de Tróia”, descobriram uma inscrição de dedicação do cavalo a deusa Atena.
Com muita cautela verificaram todo o cavalo e acabaram acreditando que fosse apenas uma oferenda a deusa e decidiram levar para dentro da cidade, o cavalo ficaria como uma recordação da sua vitória sobre os Gregos.
A noite festejaram em Tróia ao redor do cavalo de madeira, após meia-noite quando todos adormeceram uma porta escondida na barriga do cavalo abriu-se em silêncio, cinqüenta gregos saltaram para fora, alguns foram as portas e outros ao palácio real. Quem teve a idéia do cavalo de madeira foi Ulisses e estava satisfeito com o resultado.
Pela manhã os Troianos honravam o cavalo e a armada grega estava escondida em uma ilha próxima, assim que anoiteceu os Gregos voltaram com cuidado, e quando os soldados que estavam dentro da cidade tinham morto os guardas adormecidos, o exército juntou-se na planície e foi a última batalha.
Helena que causou os 10 anos de guerra e a morte de vários heróis, foi recuperada por seu marido e se reconciliou com ele.
terça-feira, 27 de março de 2012
Causas da guerra
Gregos e troianos entraram em guerra por causa do rapto da princesa Helena de Tróia (esposa do rei lendário Menelau), por Páris (filho do rei Príamo de Tróia). Isto ocorreu quando o príncipe troiano foi à Esparta, em missão diplomática, e acabou apaixonando-se por Helena. O rapto deixou Menelau enfurecido, fazendo com que este organize um poderoso exército. Agamenon foi designado para comandar o ataque aos troianos. Usando o mar Egeu como rota, mais de mil navios foram enviados para Tróia.
A Guerra
O cerco grego à Tróia durou aproximadamente 10 anos. Inúmeros soldados foram mortos, entre eles os heróis gregos Heitor e Aquiles (morto após ser atingido em seu ponto fraco, o calcanhar).
A guerra terminou após a execução do grande plano do guerreiro grego Odisseu. Sua idéia foi presentear os troianos com um grande cavalo de madeira. Disseram aos inimigos que estavam desistindo da guerra e que o cavalo era um presente de paz. Os troianos aceitaram e deixaram o enorme presente ser conduzido para dentro de seus muros protetores. Após uma noite de muita comemoração, os troianos foram dormir exaustos. Neste momento, as portas que existiam no cavalo de madeira abriram-se e dele saíram centenas de soldados gregos. Estes soldados abriram as portas da cidade para que os gregos entrassem e atacassem a cidade de Tróia até sua destruição.
Os acontecimentos finais da guerra são contados na obra Ilíada de Homero. Sua outra obra poética, Odisséia, conta o retorno do guerreiro Odisseu e seus soldados à ilha de Ítaca.
Mito ou fato histórico?
Durante muitos séculos, acreditava-se que a Guerra de Tróia fosse apenas mais um dos mitos da mitologia grega. No entanto, o mito se transformou em verdade quando o arqueólogo alemão Heinrich Schliemann descobriu a cidade de Tróia, na Turquia – que tinha sido queimada em 1220 a.C. Entretanto, muitos aspectos entre mitologia e história ainda não foram identificados e se confundem. Hoje é aceito que a guerra de Tróia realmente aconteceu, porém, o mais provável é que a luta tenha sido ocasionada por rotas de comércio e não por amor.
Pátroclo primo de aquiles
Pátroclo lutou com os gregos, ao lado de Aquiles, durante a Guerra de Troia. Lá, matou Sarpédon (um filho de Zeus), Cébrion (condutor do carro de Heitor), entre outros troianos de menor destaque. Quando Aquiles se recusou a lutar devido à sua disputa com Agamemnon, Pátroclo, envergando furtivamente a armadura de Aquiles é morto por engano por Heitor e Euforbo que pensavam se tratar do próprio Aquiles em pessoa. Depois de resgatar o corpo do amigo, cujo corpo fora protegido no campo de batalha por Menelau e Ájax, Aquiles recusa-se durante algum tempo a sepultá-lo, mas é convencido quando uma aparição de Pátroclo lhe suplica a cremação, de forma a que a sua alma possa ser admitida no Hades. Aquiles inicia, então, as cerimónias fúnebres onde durante as quais sacrificava cavalos, cães, e doze troianos cativos antes de colocar o corpo de Pátroclo na pira crematória.
Aquiles organiza, em seguida, uma competição de atletismo em honra do morto, que incluía uma corrida de carros (vencida por Diomedes), pugilismo (onde o vencedor é Epeu), uma corrida a pé (vencida por Ulisses), lançamento de disco (onde Polipetes vence Epeu), e um concurso de arco (vencido por Pentesileia, o que foi uma surpresa, pois era uma amazona, logo, mulher), e lançamento de dardo (vencido por Agamemnon). Os jogos são descritos no livro 23 da Ilíada, e consiste numa das primeiras referências ao desporto em documentos da antiga Grécia.
AQUILES CHAMADO DE "O GUERREIRO"
Aquiles é um dos mais famosos heróis gregos. Filho de Tétis (deusa grega do mar) e Peleu (rei dos mirmidões), teve seu principal momento no cerco à cidade de Tróia. Participou junto com outros heróis e príncipes da Grécia de várias batalhas. Tornou-se famoso por sua bravura e força.
Conta a mitologia grega que a mãe mergulhou Aquiles, recém-nascido, nas águas do Estige (rio que dava sete voltas no inferno). Este fato tornou o filho invulnerável, salvo pelo calcanhar que não foi banhado, pois a mãe o segurava por esta parte do corpo.
Para vingar a morte de Pátroclo, seu amigo, que sucumbira às mãos de Heitor, matou este último, mas foi mortalmente ferido no calcanhar por uma flecha envenenada arremessada por Paris. Este fato ocorreu durante a Guerra de Tróia, que foi retrata na Ilíada de Homero.
SEGUNDA HISTÓRIA
Era filho da união entre Peleu com Tétis, a mais bela das nereidas. Casada a contragosto, não se conformava com a mortalidade dos filhos que gerava e por isso, a cada nascimento, expunha o novo rebento ao fogo da imortalidade. Seis de seus filhos já tinham falecido em decorrência dessa prática quando Peleu a surpreendeu com a sétimo criança sobre o crepitar do fogo. O rei arrebatou Aquiles de seus braços quando ainda faltava queimar-lhe um único calcanhar. Em outra versão, Tétis, em sua ânsia de transformar o filho em imortal, mergulhou a criança nas águas do rio Estige, segurando-a pelo calcanhar, ponto que se tornou vulnerável visto que não havia sofrido contato com as águas milagrosas do rio. Irada com a intromissão de Peleu, a nereida partiu, deixando o filho aos cuidados do marido, mas sempre acompanhando seus passos à distância.
Quando Calcante, célebre adivinho, predisse que a presença de Aquiles seria indispensável para vitória dos gregos em Tróia e que lá sua vida seria ceifada, Tétis, desesperada, resolveu intervir escondendo o jovem em Ciros, na corte do rei Licomedes. Sob o nome de Pirra, que significa a ruiva, vivia entre as filhas do rei disfarçado de mulher. Dessa convivência, o herói se fez revelar a Deidâmia, uma das filhas do rei e com ela gerou Neoptólemo. Foi inútil a tentativa de ocultar o filho porque Ulisses o descobriu ao simular uma invasão. As filhas do rei correram amedrontadas e somente Aquiles apresentou-se para a luta, revelando sua verdadeira origem e identidade.
Advertido por Tétis, sabia que se partisse, teria uma vida cheia de glórias, porém curta. Se ficasse, seria um mortal desconhecido mas com uma vida longa. Aquiles optou pela primeira opção e partiu para a guerra. Sucedeu que Agamemnon , tendo tomado para si Criseide como escrava, negava-se a devolvê-la ao pai, Crises, sacerdote de Apolo que a reclamava. Como uma peste enviada por Apolo assolasse seu acampamento, Agamemnon decidiu lhe devolver a filha mas em compensação exigiu Briseis, escrava favorita de Aquiles. Feito isso, Aquiles sentindo-se ferido em seu orgulho, retirou-se do combate. Imediatamente os gregos começaram a fracassar em suas investidas e estavam ameaçados de ser liquidados pelos troianos, quando Aquiles, movido pela necessidade de vingar seu amigo Pátroclo, morto pelos inimigos, retornou à peleja. Entrou em combate e matou Heitor, assassino de seu grande amigo.
Em seguida, amarrou seu corpo a seus cavalos e o arrastou ao redor das muralhas da cidade.
paris principe de troia segundo filho de priamo
Na mitologia grega, Páris era um dos mais novos filhos do rei Príamo, de Tróia. Foi escolhido pelas deusas Hera, Atena e Afrodite para eleger qual delas era a mais bela. Cada deusa, buscando suborná-lo para ser eleita, prometeu-lhe riquezas e vitórias, mas Afrodite lhe garantiu que se casaria com a mulher mais bela do mundo, a princesa Helena de Esparta. Páris elegeu Afrodite como a mais bela das três, despertando a ira de Atena e Hera, que enviaram os exércitos gregos para destruir Tróia. Páris, com ajuda de Apolo, derrotou Aquiles, o mais forte e potente guerreiro grego, atingindo-lhe uma flecha no calcanhar, único ponto que poderia matá-lo. Conhecido como um príncipe covarde e volúvel, Páris acha que os únicos prazeres que deveria dar valor eram os da carne. Somente após uma visão atribuida a Apolo, Páris resolveu batalhar na guerra de Tróia. Um de seus últimos atos covardes, atacou Aquíles pelas costas, acertando seu calcanhar com uma flecha envenenada. Após a queda de Tróia e o retorno de Helena para Menelau, Páris morreu bêbado e humilhado como um homem covarde e mandrião.
HEITOR PRINCIPE DE TROIA PRIMEIRO FILHO DE PRIAMO
Heitor (em grego: Ἕκτωρ, transl. Hektōr) era, na mitologia grega, um príncipe de Tróia e um dos maiores guerreiros na Guerra de Tróia, suplantado apenas por Aquiles. Era filho de Príamo e de Hécuba. Com sua esposa, Andrómaca, foi pai de Astíanax.
Como o seu pai foi incapaz de combater, durante o cerco de Tróia feito pelos Aqueus, devido à sua avançada idade, Heitor foi nomeado general das tropas troianas. A sua força, coragem e eficiência na guerra foram enormes: nos poemas épicos de Homero, Heitor é responsável pela morte de 28 heróis gregos; nem Aquiles obtém um número tão grande (22 heróis Troianos caídos a seus pés). Pela voz do Destino, os Troianos estavam informados que as muralhas de Tróia nunca cairiam enquanto Heitor se mantivesse vivo.
Na Ilíada, Homero chama-o de "domador de cavalos", devido a preocupações de métrica e porque, de modo geral, Tróia era conhecida por ser criadora de cavalos. Na narrativa da Ilíada, no entanto, Heitor nunca é visto com cavalos. Outro epíteto que lhe é característico é "o do elmo flamejante".
Heitor contrasta fortemente com Aquiles. Se por um lado Aquiles foi essencialmente um homem de guerra, Heitor lutava por Tróia e por aquilo que esta representava. Alguns estudiosos têm vindo a sugerir que é Heitor, e não Aquiles, o verdadeiro herói da Ilíada. A sua repreensão a Polidamante, dizendo-lhe que lutar pela pátria era o primeiro e único presságio, tornou-se provérbica para os patriotas gregos. É por ele que podemos ver pormenores sobre como seria a vida em Tróia, em tempo de paz, e noutros sítios de civilização mediterrânica da Idade do Bronze descrita por Homero. Na Ilíada, a cena em que Heitor se despede da sua esposa Andrómaca e do seu filho é particularmente comovente.
Durante a Guerra de Tróia, Heitor matou Protesilau e foi ferido por Ájax. Nos quadros de guerra descritos na Ilíada, ele luta com muitos dos guerreiros Gregos e normalmente (mas nem sempre) consegue matá-los ou feri-los. Quando, sob a assistência de Apolo, ele mata Pátroclo por engano, acreditando ser Aquiles, desbarata todo o exército grego. É aí que se chega a um ponto de viragem no decorrer da guerra…
No entanto, o destino pessoal de Heitor, decretado por Zeus no início da história, nunca está em dúvida. Aquiles, irado pela morte do seu amante Pátroclo, desafia Heitor para um combate que é aceito de imediato pelo mesmo, matando-o no combate somente após uma violenta topada numa pedra que desorienta os sentidos de Heitor. Dessa forma, Aquiles arrasta seu cadáver em volta das muralhas de Tróia. Finalmente, por intervenção de Hermes, Príamo convence Aquiles a permitir que o seu corpo seja recuperado de modo a prestarem-lhe cerimónias fúnebres. O último episódio da Ilíada é o funeral de Heitor, depois do qual a perdição de Tróia é uma questão de tempo.
No saque final à Tróia, como é descrito no Canto II da Eneida, o seu pai e muitos dos seus irmãos são mortos, o seu filho é atirado do cimo das muralhas, por medo que este vingue a morte do seu pai, e a sua esposa é transportada por Neoptólemo para viver como escrava.
troia
Troia lendária
Plano de Troia.
A história dos troianos começou em mito. De acordo com a mitologia grega, os troianos foram os antigos cidadãos de Troia na Anatólia (atual Turquia). (Embora parte da Ásia, Troia é apresentada na lenda como parte da cultura grega de cidades-estados.) Troia era conhecida por seus ricos ganhos do comércio portuário com o leste e o oeste, roupas pomposas, produção de ferro e massivas muralhas de defesa. A família real troiana partiu de Electra e Zeus, os pais de Dardano. Dardano, que de acordo com mitos gregos veio da Arcádia mas de acordo com mitos romanos veio da Itália, atravessou a Ásia Menor desde a ilha de Samotrácia, onde encontrou Teucro, que era também um colonizador vindo da Ática, e tratou Dardano com respeito.
Posteriormente, Dardano desposou as filhas de Teucro, e fundou Dardania (mais tarde governada por Eneias). Com a morte de Dardano, o reino foi passado a seu neto Tros, que chamou seus habitantes de troianos e a terra de Trôade, derivados de seu próprio nome. Ilus, filho de Tros, fundou a cidade de Ilion (Troia), nome derivado do dele próprio. Zeus deu a Ilus o paládio. Posídon e Apolo construíram as muralhas e fortificações ao redor de Troia para Laomedonte, filho mais jovem de Ilus. Quando Laomedonte recusou-se a pagar, Posídon inundou a terra e exigiu o sacrifício de Hesíone para um monstro marinho. Pestilência veio e o monstro marinho tirou as pessoas da planície.
Uma geração antes da guerra de Troia, Hércules capturou a cidade e matou Laomedonte e seus filhos, exceto o jovem Príamo. Príamo depois tornou-se rei. Durante seu reinado, os gregos micênicos invadiram e capturaram a cidade durante a guerra de Troia (tradicionalmente datada em 1193–1183 a.C.). Os maxianos foram uma tribo líbia do oeste que diziam que eram descendentes dos homens de Troia, de acordo com Heródoto. Os navios troianos transformaram-se em náiades, que regozijaram a ver os restos do navio de Odisseu.
O domínio troiano na Anatólia foi trocado pela dinastia heracleida em Sardes que governou por 505 anos até a época de Candaules. Os jônicos, cimérios, frígios, milésios de Sinop e lídios deslocaram-se dentro da Anatólia. Os persas invadiram-na em 546 a.C..
Alguns troianos famosos foram: Dardano (fundador de Troia), Laomedonte, Ganímedes, Príamo, Páris, Heitor, Eneias, Teucro, Esaco, Enone, Titono, Memnon.
segunda-feira, 26 de março de 2012
Introdução
A Guerra de Tróia foi um conflito bélico entre aqueus (um dos povos gregos que habitavam a Grécia Antiga) e os troianos, que habitavam uma região da atual Turquia. Esta guerra, que durou aproximadamente 10 anos, aconteceu entre 1300 e 1200 a.C.
Causa da guerra
Gregos e troianos entraram em guerra por causa do rapto da princesa Helena de Tróia (esposa do rei lendário Menelau), por Páris (filho do rei Príamo de Tróia). Isto ocorreu quando o príncipe troiano foi à Esparta, em missão diplomática, e acabou apaixonando-se por Helena. O rapto deixou Menelau enfurecido, fazendo com que este organiza-se um poderoso exército. O general Agamenon foi designado para comandar o ataque aos troianos. Usando o mar Egeu como rota, mais de mil navios foram enviados para Tróia.
A Guerra
O cerco grego à Tróia durou cerca de 10 anos. Vários soldados foram mortos, entre eles os heróis gregos Heitor e Aquiles (morto após ser atingido em seu ponto fraco, o calcanhar).
A guerra terminou após a execução do grande plano do guerreiro grego Odisseu. Sua idéia foi presentear os troianos com um grande cavalo de madeira. Disseram aos inimigos que estavam desistindo da guerra e que o cavalo era um presente de paz. Os troianos aceitaram e deixaram o enorme presente ser conduzido para dentro de seus muros protetores. Após uma noite de muita comemoração, os troianos foram dormir exaustos. Neste momento, abriram-se portas no cavalo de madeira e saíram centenas de soldados gregos. Estes abriram as portas da cidade para que os gregos entrassem e atacassem a cidade de Tróia até sua destruição.
Os eventos finais da guerra são contados na obra Ilíada de Homero. Sua outra obra poética, Odisséia, conta o retorno do guerreiro Odisseu e seus soldados à ilha de Ítaca.
Mito ou fato histórico?
Durante muitos séculos, acreditava-se que a Guerra de Tróia fosse apenas mais um dos mitos da mitologia grega. Porém, com a descoberta e estudo de um sítio arqueológico na Turquia, pode-se comprovar que este importante fato histórico da antiguidade realmente ocorreu. Porém, muitos aspectos entre mitologia e história ainda não foram identificados e se confundem. Mas o que se sabe é que esta guerra ocorreu de fato.
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